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Thayná Rosa estará presente na FLAEMA

Me chamo Thayná Cristina Rosa Carneiro, tenho 19 anos e sou estudante do 5o período Curso deCiências Sociais na Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Também sou professora, dou aulas de reforço escolar a domicílio. Desde pequena tenho uma grande paixão por livros, principalmente pelos de poesia brasileira. Sempre fui influenciada pela família a escrever, minha mãe é poetisa também, então sempreescrevi versos em atividades escolares com a ajuda dela. A mais ou menos uns 6 anos tenho guardado minhas poesias e, de 2012 pra cá, tenho publicado em grupos de poesias no Facebook e no meu perfil pessoal. Em 2015 eu criei uma página nesta mesma rede, que tem quase 500 curtidas, atualmente ela se chama A Flor, mas será mudada para A rosa, pois estou iniciando um projeto em conjunto com o Graffiteiro Gil Leros, de espalhar poesias pela rua, em forma de graffiti. Também tenho uma conta no instagram (@arosapoesia) que divulga este trabalho.Participo constantemente de Sarais poéticos pela cidade de São Luís, e em movimentos culturais como o Sebo no Chão e Casa da Mãe Joana. São movimentos e eventos criados por amigos próximos que tem fomentado a cena cultural de São Luís, e que têm atraído artistas de todos os estilos musicais e literários. Minha forma de escrever sempre foi muito influenciada por questões amorosas e íntimas, com muita presença de melancolia e, claro, por causa de uma leitura assídua de escritores como Florbela Espanca, Augusto dos Anjos, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, João Cabral de Melo, Ferreira Gullar, etc. Sou muito apaixonada pelos escritores brasileiros e pela poesia. Escrevo utilizando muita métrica e rima, um estilo bem “arcaico” poderia assim dizer, mas comuma influência do cotidiano muito forte, escrevo em ônibus quando algo pela janela me atiça,escrevo sobre amor, sexo, sobre desejos e animalidade, sobre a morte e suas sombras, sobre a vida também e a beleza das coisas sutis. Minhas temáticas são muito variadas, pois escrevo sobre coisas que me tocam, seria difícil definir um estilo nessas circunstâncias...Tenho algumas poesias que já foram musicadas, uma delas se chama Corpos no ar, interpretadapelo cantor e compositor Tiago Máci e outra que virou um samba, mas ainda não está gravada, interpretada pelo mesmo artista. Sou uma escritora que pensa em forma de rimas, de palavras densas e na fatalidade, coisas efetivas que afetam, escrever, pra mim, é uma forma de transbordar o mundo, e tudo que não me cabe subjetivamente vai para o papel, é uma atividade que me completa, independente de ser para publicação, mas o fato é que quero muito explicitar meus escritos e tocar outras pessoas que compartilham desse universo.

 

 

CORPOS NO AR

 

“Corpos no ar” é o título do meu livro que abarca uma infinidade de poesias selecionadas por mim mesma e alguns amigos próximos, muitas delas já foram postadas na minha página no Facebook e no perfil pessoal. “Corpos no ar” também é o título de uma poesia autoral que escrevi a um tempo e que fala sobre o amor erótico, descreve uma cena de amor íntimo em forma de versos. O livro é uma explosão de corpos, descreve uma porção do cotidiano que vivencio nas ruas do reviver, as pessoas que compartilho momentos de euforia, bebidas, cigarros, festas, desavenças. 'no ar' porque a poesia vem, para mim, de forma nada homogênea, sem forma definida, é como se as pessoas e as coisas se sublimassem de uma maneira que meu corpo as sentisse e pudesse parcialmente transcrever para a tela do computador, ou um pedaço de papel que acho na bolsa. Cada poesia de “Corpos no ar” tem um ser humano por trás, ou uma cena de sexo, ou um indivíduo jogado na miséria, na bebedice. Também abarca as sensações temporais, influência de Marília de Dirceu: a chuva, o sol, o chão molhado e a tradução do dia para a noite, as sensações térmicas e os afetos são encontradas nestes contextos diários e climáticos. As poesias do livro carregam muito amor, muito tesão, sofrimento, dor... O amor animal, o instinto atiçado no cheiro do amante, no ódio, na revolta incompreendida. Dolorido seria outra característica do livro. O livro não tem um rumo comum, são várias palavras rimadas e metradas, heterogêneas como o ar e a sublimação dos corpos envolvidos, vários caminhos como as ruas do centro de São Luís, cada uma com uma pessoalidade própria, um beijo no tambor de crioula, um devaneio na praça Nauro Machado, ou uma lágrima trancada em um quarto, olhando para o teclado do computador... Mas todas essas ruas, essas poesias são motivadas por algo em comum: a movimentação da vida, que pode ser apressada, ou bem lenta, só depende de nossas relações sociais e como as construímos. Essa é a proposta de Corpos no Ar, descrever a vida vista de um olhar individual, com uma técnica de escrever individual, com motivações e sentimentos subjetivos, mas que jamais seriam construídos se não fossem as sensações trocadas diariamente de corpo para corpo, de opiniões mudando as minhas opiniões, tudo isso condensado na palavra.

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